quinta-feira, 31 de outubro de 2013


Tecido epitelial

A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele),dependendo do órgão aonde se localizam.
As principais características do tecido epitelial são:
  1. Suas células mantêm muito pouco espaço entre si, portanto, são justapostas.
  2. Suas células estabelecem muitas junções intercelulares com as células epiteliais vizinhas.
  3. Há muito pouco material extracelular entre as suas células.
  4. forma de suas células é bastante diversa, desde achatada até piramidal, passando por cúbica e cilíndrica.
  5. O tecido epitelial em princípio não contém vasos sanguíneos. São raros os epitélios que possuem vasos no seu interior. As suas células estão sempre apoiadas sobre um tecido conjuntivo no qual existem vasos sanguíneos e linfáticos que fornecem oxigênio, nutrientes e outras moléculas ao epitélio e recolhem gás garbônico, líquido, metabólitos e secreções.
  6. Na interface das células epiteliais com o tecido conjuntivo há uma delgada lâmina de um complexo de macromoléculas denominada lâmina basal. O conjunto constituído pela lâmina basal e pelas fibras do tecido conjuntivo que estão muito próximas à lâmina basal é visível ao microscópio de luz e é denominadomembrana basal. As células epiteliais estão, portanto, sempre apoiadas sobre uma lâmina basal.
  7. O contacto das células epiteliais com a lâmina basal provoca uma organização específica na grande maioria das células epiteliais, denominada polaridade. Com a polaridade as várias regiões dos diferentes tipos de células têm uma organização específica e um conteúdo de organelas característico e, portanto, diferentes funções.
  8. A porção da célula que se apoia na lâmina basal é denominada região basal e a porção oposta, frequentemente voltada para uma cavidade, é denominada região apical.
  9. As células epiteliais frequentemente têm especializações da sua membrana plasmática, tais como microvilosidades, cílios, estereocílios, além das junções intercelulares.
De acordo com sua localização, arranjo das células e funções, o tecido epitelial é classificado em dois tipos:
tecido epitelial de revestimento
tecido epitelial secretor ou glandular.

                                Vídeo sobre  tecido epitelial.

Bibliografia:
CARVALHO, Hernandes, F.; COLLARES-BUZATO, C, B.; Células: uma abordagem multidisciplinar. Barueri-SP: Manole Ltda, 2005.
JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, José. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
OVALLE, W. L.; Nahirney, P.C. Netter - Bases da Histologia. Edição Única. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.



Tecidos musculares

Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das artérias.
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento proteico: os de actina e os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células.
Há três tipos de tecidos musculares: tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético e tecido estriado cardíaco, cada um com suas particularidades.

- Musculatura lisa (necessariamente com contração involuntária, independente da vontade do indivíduo): formada por células mononucleadas com estrias longitudinais. É presente nos órgãos vicerais internos (esôfago, intestino, vasos sanguíneos e útero), responsável pelo peristaltismo.

- Musculatura estriada esquelética (contração voluntária, dependente da vontade do indivíduo): formada por células multinucleadas com estrias longitudinais e transversais. Forma os músculos, órgãos ligados à estrutura óssea, permitindo a movimentação do corpo.

- Musculatura estriada cardíaca (contração involuntária): constitui as células binucleadas do miocárdio (musculatura do coração), unidas por discos intercalares que aumentam a adesão entre as células. Fator importante para uma contração rítmica e vigorosa, mantendo a circulação do sangue no corpo.
Vejamos agora um vídeo do tecido muscular.
Bibliografia: 
Amabis & Martho. Biologia das Células. Moderna. 2004.
Vídeo disponivel em: www.youtube.com/watch?v=tMxBsIqDkkE

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

EMBRIOLOGIA

                                                CÉLULAS-TRONCO
                                      
As células-tronco, também conhecidas como células estaminais, são indiferenciadas (não possuem uma função determinada) e se caracterizam pela capacidade de se transformar em diversos tipos de tecidos que formam o corpo humano.
Estas células são de dois tipos:
1 - Células-Tronco adultas: podem ser encontradas em diversas partes do corpo humano. Porém, são mais utilizadas para fins medicinais as células de cordão umbilical, da placenta e medula óssea. Pelo fato de serem retiradas da próprio paciente, oferecem baixo risco de rejeição nos tratamentos médicos. Apresentam uma desvantagem em relação as Células-Tronco embrionárias: a capacidade de transformação é bem menor.
2 - Células-Tronco embrionárias: são aquelas extraídas do animal ainda na fase embrionária. Como característica principal apresentam uma grande capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula. Embora apresentem esta importante capacidade, as pesquisas médicas com estes tipos de células ainda encontram-se em fase de testes.
 Vejamos agora um artigo muito interessante, publicado pela folha de São paulo em 04/03/2008 - 19h20

Entenda o que são células-tronco embrionárias

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da Folha Online
As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais. Elas podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Entretanto, o método de sua obtenção é polêmico, já que a maioria das técnicas implementadas nessa área exige a destruição do embrião.
A forma mais comum de obtenção destas células ainda é por meio de embriões congelados. Nesta técnica, óvulos fertilizados em clínicas de reprodução assistida se desenvolvem até o estágio conhecido como blastocisto. Após chegar a este estágio, o embrião é destruído e as células-tronco são removidas.
Outra forma que também prevê a destruição do embrião é o procedimento conhecido como clonagem terapêutica. A técnica é a mesma utilizada para criar a ovelha Dolly.
Pelo procedimento, células adultas extraídas da pele humana tem sua carga genética (núcleo) retirada e fundido com um óvulo sem núcleo. O núcleo implantado no óvulo "oco" é então estimulado a se dividir, produzindo um blastocisto.
Até hoje, no entanto, nenhuma linhagem de células-tronco humana foi derivada dessa forma.
Ambas as técnicas recebem objeções de ativistas contrários ao direito ao aborto. Segundo eles, a destruição dos embriões representa a morte de uma forma de vida humana.
Alternativas
Uma nova técnica anunciada no ano passado utiliza células humanas adultas da pele para criar células-tronco embrionárias "induzidas".
A técnica, que ainda está em fase experimental, consiste em fazer com que as células da pele "voltem no tempo" e passem a agir como se fossem as versáteis células-tronco embrionárias, conseguindo posteriormente se diferenciar em outros tecidos do corpo.
Uma alternativa à utilização das células embrionárias é a utilização de células-tronco adultas derivadas de tecidos do organismo, como a medula óssea e cordão umbilical. Estas, no entanto, têm capacidade limitada de diferenciação.
Células adultas já são usadas em terapia experimental atualmente, no tratamento de algumas doenças como leucemias, mal de Chagas, diabetes e anemia falciforme.
Debate ético
Recentemente, cientistas norte-americanos anunciaram uma descoberta que, caso confirmada, pode pôr fim à polêmica envolvendo a utilização de células de embriões. Os pesquisadores afirmam ter conseguido produzir células-tronco embrionárias sem a necessidade de destruir o embrião.
O novo método consiste em retirar uma única célula do embrião --seguindo um procedimento utilizado em clínicas de fertilização in vitro para fazer diagnósticos de defeitos genéticos. A retirada é feita ainda nos estágios iniciais do embrião, quando ele é formado por poucas células.
De acordo com os pesquisadores, o método em geral não prejudica o embrião, que é congelado e supostamente pode ser utilizado em um futuro processo de fertilização.
É preciso ressaltar, entretanto, que a mesma empresa havia divulgado o mesmo feito em agosto de 2006, na conceituada revista "Nature". Porém, no mesmo ano os cientistas publicaram uma "correção" do artigo na revista, afirmando que os embriões utilizados na pesquisa foram, sim, destruídos.

Com Folha de S.Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia

segunda-feira, 21 de outubro de 2013



Clivagem (embriologia)






Clivagem,são divisões mitóticas que ocorrem no embrião, sem aumentar o volume (pois a velocidade da divisão é muito alta).

Tipos de clivagem

Na Segmentação Total Igual, todo o zigoto sofrerá segmentação. Um zigoto dará origem a dois blastômeros. Essas divisões vão continuar, dando origem a mais duas células, e assim por diante. Esse número de células vai aumentando ate formar um aglomerado celular, que tem o nome de mórula. Essa segmentação é própria dos mamíferos, anfioxos e equinodermos, onde a quantidade igualitária de vitelo permite a formação de blastômeros do mesmo tamanho.
Na Segmentação Total Desigual o vitelo se mistura com o citoplasma somente no pólo vegetativo, como a mitose trabalha/ocorre mais lentamente com a presença do vitelo, os blastômeros que não o têm reproduzem-se mais. Isso resulta em uma mórula com muitos micrômeros, que não possuem vitelo, e poucos macrômeros, com muito vitelo.
Na Segmentação Parcial Discoidal, apenas o disco de citoplasma, que fica no chamado pólo animal, sofre clivagem, no restante, não há segmentação. Esse tipo de segmentação acontece, em geral, em óvulos de répteis, aves, alguns peixes e nos mamíferos ovíparos (Monotremados).
A Segmentação Parcial Superficial acontece em ovos de insetos. Nela, o citoplasma fica em volta do vitelo, que fica no centro. Apenas o núcleo sofre divisões inicialmente, produzindo um cenócito e, aí, há a celularização de cada núcleo. Depois disso, núcleo e citoplasma dividem-se mais algumas vezes, e essas células ficam, assim como o citoplasma, em volta do vitelo, criando uma corda que o envolvera. Diferente das outras segmentações, nessa, formara uma única célula, com muitos núcleos, sendo este cacho de núcleos, a mórula do zigoto.
Maior quantidade de vitelo significa maior resistência à clivagem. Se a clivagem for incompleta, o embrião forma-se como um disco de células, na superfície da massa de vitelo. Na clivagem completa, os sulcos de clivagem dividem completamente a massa do ovo. O vitelo está concentrado no pólo vegetal no ovo de rã. Os blastômeros no pólo animal são menores,e os do pólo vegetal são maiores.
 Bibliografia:
 clivagem disponivel em:< http://biologiacapufrgs.blogspot.com.br/2011/04/clivagem.html> acesso em 21 Out.2013


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Gametogenese feminina

                      Ovocitogenese
Ovocitogenese é a parte da gametogênese que consiste  no processo de formação do gameta feminino.
A ovocitogênese é  diferente da espermatogênese posto que o espermatogênese é um núcleo móvel e o gameta formado pelo ovocitogênese  é um núcleo imóvel. Os mecanismos dos o ovocitogênese são variaves de acordo com a espécie e sua atividade mitótica prossegue por toda vida dos invertebrados.
                A ovogênese é dividida em três etapas:                                              
Fase de multiplicação : É uma fase de mitoses consecutivas, quando as celulas germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias.

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I.Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

Fase de maturação:  Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade. Ao sofrer, 
 a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.

Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente o citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico em substâncias nutritivas.Na maioria das fêmeas de mamíferos, a segunda divisão da meiose só acontece caso o gameta seja fecundado. Curiosamente, o verdadeiro gameta dessas fêmeas é o ovócito II, pois é ele que se funde com o espermatozoide.
                             Óvulos
Os óvulos dos animais são geralmente células grandes e imóveis, que contém nutrientes para o desenvolvimento do embrião. Esses nutrientes compõem o vitelo. A quantidade e a localização do vitelo são variáveis nos diferentes óvulos.
Essas duas características permitem-nos classificá-los em vários tipos:                                                                                      

oligolécito (oligo = pouco; lecito = vitelo),  possui pouco vitelo homogeneamente distribuídos e sua segmentação é total ou holoblástica (holo = todo;blasto = germe) e igual, pois origina uma mórula com blastômeros de tamanhos aproximadamente iguais; é o ovo dos protocordados (anfíoxo e ascídia) e de muitos invertebrados marinhos, como esponjas, corais eestrelas-do-mar.
 alécito (a = sem) – semelhantemente aos oligolécitos, mas praticamente sem vitelo. heterolécito (hetero = diferente) - apresenta quantidade de vitelo intermediária entre a dos ovos oligolécitos e telolécitos (daí os outros nomes: mesolécito ou mediolécito) e concentrada mais no pólo vegetal ou vegetativo que no pólo animal (região superior); a segmentação é total e desigual, pois, por ter menos vitelo, o pólo animal divide-se mais rapidamente e produz células menores e mais numerosas que as produzidas no outro pólo; é o ovo de anfíbios, de vários peixes e de alguns invertebrados (maioria dos moluscos, poliquetas e platelmintos).
telolécito (telo = pontaou megalécito (mega = grande) - o núcleo e o citoplasma formam uma pequena gota sobre uma quantidade enorme de vitelo (também chamado de gema, neste caso); a segmentação é meroblástica (mero = parte) ou parcial e discoidal – pois ocorre apenas no pólo animal e forma um pequeno disco de células (cicatrícula), encravado na gema; é o ovo de répteis, aves, vários peixes e de alguns moluscos e mamíferos ovíparos (ornitorrinco e equidna).
centrolécito - o vitelo ocupa a região central da célula e não se divide; o núcleo divide-se varias vezes no interior do vitelo e migra para a periferia, seguindo-se a divisão do citoplasma; a segmentação é meroblástica e superficial
 Bibliografia:

Moore KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ):Elsevier; 2008.
POIRIER, J.; DUMAS, J. L. R. Histologia. 2. ed. São Paulo: Roca, 1983. 248 p.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Gametogênese masculina


                                                    ESPERMATOGÊNESE
É um processo, através dos quais a célula precursora masculina, a espermatogônia torna-se um espermatozóide, o gameta masculino. As espermatogônias localiza-se nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal, e na puberdade aumentam de número e sofrem maturação que continua até a velhice. Nesse momento, sofrem várias divisões mitóticas, crescem e se desenvolvem, formando os espermatócitos primários. Cada um desses sofre a primeira divisão meiótica (divisão reducional) para formar dois espermatócitos secundários haplóides. Em seguida sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatroespermátides haploides. Gradualmente as espermátides vão sendo transformadas em espermatozóides por um processo chamado espermiogênese.


Processo da espermatogênese


O espermatozóide maduro é uma célula móvel, formada por cabeça, colo e cauda. A cabeça é a maior parte e contém o núcleo haplóide e o acrossoma, organela em forma de capuz que contém várias enzimas importantes para a fertilização, pois facilita sua penetração ovular. O colo é a região que une essas duas estruturas. A cauda é constituída por três segmentos: a peça intermediária, peça principal e peça terminal. Essa estrutura, formada a partir dos centríolos, favorece a motilidade durante a fecundação. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP para a atividade desse flagelo.                                                           
   
As células de Sertoli que revestem os túbulos seminíferos dão suporte e nutrição para células germinativas. Os espermatozóides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se maduros. Ele é continuo com o ducto deferente que transporta os espermatozóides para a uretra.
A espermatogênese dura por volta de 64 dias nos túbulos seminíferos e 12 dias no epidídimo, etapa fundamental do ciclo senão os espermatozóides morreriam dentro de 24 – 36 horas. Eles adquirem sua motilidade somente mediante a adição de secreções das glândulas sexuais acessórias- próstata e vesículas seminais- no ejaculado.
Bibliografia:
Moore KL, Persaud TVNEmbriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2008.
Gartner LP, Hiatt JL. Tratado de histologia em cores. 2a ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2003.


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